Resenha

 Boa tarde! Uma resenha pra vocês. Até mais.

O texto “Assistente Social e tecnologias de informação” do autor Márcio Antunes da Silva, vem nos trazer uma reflexão sobre o uso e aplicação das tecnologias de informação nos processos de trabalho do profissional do Serviço Social.

O autor usa como base teórica diversos autores como Castells e Lojkine, entre outros e se apóia na teoria apresentada por Marx.Silva traz sabiamente o debate sobre a necessidade da utilização e integração destas tecnologias no mercado de trabalho. Ressaltando a utilização dessas tecnologias como parte das forças produtivas as quais, segundo o autor, são elementos dinâmicos no desenvolvimento dos diversos modos de produção, categoria central no edifício teórico do materialismo histórico.

Silva utiliza alguns autores que definem as tecnologias da informação como algo que se relaciona diretamente com a reprodução das condições necessárias para o modo de produção capitalista, além de entender a informação como uma mercadoria para o capitalismo.

O autor ainda aborda a relação entre o desemprego e as tecnologias de informação, uma vez que estas não originam o desemprego, mas acentuam o mesmo a partir do momento que novas tecnologias passam a substituir o homem no trabalho.

Silva também traz uma reflexão sobre o Serviço Social e as tecnologias, onde aponta essas novas tecnologias como ferramentas que auxiliam o trabalho do profissional de Serviço Social que trazem tanto conseqüências negativas como a utilização da mesma para o interesse de grupos dominantes como diversos benefícios como, por exemplo, a facilitação dos dados da população usuária, o processo de monitoramento e avaliação, a agilidade das informações, etc.

O autor aponta também, o perigo quanto à forma como essas tecnologias são aplicadas, onde recai sobre a mesma a “solução” para a questão social a partir do seu uso, o que na realidade, segundo o autor, essa “solução” é de âmbito histórico social.

E finaliza seu texto refletindo sobre a consonância entre as tecnologias da informação e o capitalismo e o seu uso no Serviço Social onde, para Silva, pode ser um passo importante para  se romper com o conservadorismo profissional.